A capital fluminense terá uma Casa da Mulher Brasileira do Rio de Janeiro. A pedra fundamental da construção de 3,5 mil metros quadrados foi lançada nesta segunda-feira (4). O projeto está dentro da programação do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização e ao enfrentamento da violência contra as mulheres em todo o país.
O investimento do governo federal será de R$ 19 milhões. O terreno, no bairro de São Cristóvão, zona norte da capital, foi cedido pela União, por meio do programa Imóvel da Gente, coordenado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
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A Casa da Mulher Brasileira, é importante na proteção das mulheres e um dos principais eixos de atuação do programa da pasta, Mulher Viver sem Violência. “A Casa da Mulher Brasileira é uma inovação no atendimento às mulheres que sofrem todo tipo de violência. Sexual, doméstica, patrimonial, política, de gênero e é um serviço amplo integrado. Aqui teremos e pretendemos inaugurar a cada em agosto do ano que vem “, disse a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, na cerimônia.
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Atendimento
Em um único local, a mulher terá serviços especializados e integrados de apoio psicossocial, jurídico e policial. Segundo o governo fluminense, entre os atendimentos previstos estão os da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), do Centro de Referência, da Casa Abrigo, da Defensoria Pública, do Juizado de Violência Doméstica, da Promotoria, de assistência social e atendimento médico e psicossocial, entre outros.
Volta Redonda
A unidade em São Cristóvão não será a única Casa da Mulher Brasileira no Rio. O município de Volta Redonda, no sul fluminense, também terá uma no bairro Sessenta, que terá 1.377 metros quadrados com investimentos de R$ 9,5 milhões do governo estadual.
Conforme o governo do estado, as obras das duas unidades devem estar concluídas até agosto de 2026, ano em que a Lei Maria da Penha completa 20 anos.
Para a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, o projeto no Rio de Janeiro vai identificar o perfil da mulher que precisa do atendimento.
“A nossa pergunta tem que ser sempre essa: onde estão as mulheres deste estado em cada um dos 92 municípios, Como elas vivem, o que elas passam, que tipo de realidade elas enfrentam, o que elas sonham, o que elas precisam, porque o estado brasileiro do nível federal, estadual ou municipal, tem a obrigação de assegurar que toda a população brasileira tenha o direito de ser feliz, de se sentir pertencente, de ser dignificada”, pontuou.
A ministra ressalta que os três níveis de governo se juntaram para fazer a construção da unidade de São Cristóvão.
Entre os serviços complementares, a Casa da Mulher Brasileira oferecerá oficinas de inclusão produtiva e um espaço também para receber os filhos das mulheres para que eles tenham segurança durante o período em que elas permanecerem na unidade.
“Teremos um alojamento que é uma espécie de casa de passagem, um serviço integrado onde as mulheres poderão estar aqui com absoluta segurança. Não precisarão ficar indo de serviço em serviço, de encaminhamento em encaminhamento. Às vezes ela vai em um, dois e não vai em outros e isso tudo volta, retrocede e ela continua sendo vítima de violência. É isso que nós não queremos”, concluiu.
Na visão da ministra, este é um serviço para toda a cidade, porque terá diálogo com a saúde, a educação, a assistência social, cultura e trabalho.
Para o governador Cláudio Castro, a Casa da Mulher Brasileira no estado representa um avanço concreto no enfrentamento à violência e no fortalecimento da rede de apoio às mulheres.
A secretária de Estado da Mulher, Heloisa Aguiar, afirmou que o equipamento foi desenvolvido para evitar que a mulher enfrente sozinha, tanto o processo de denúncia, como a reconstrução de sua vida. “Mais do que um prédio, estamos erguendo um símbolo de esperança. Um espaço onde a mulher encontrará apoio, proteção e oportunidade”, apontou em texto da secretaria.