ATIVISTAS DE DIREITOS HUMANOS. LIBERDADE DE EXPRESSÃO. PRISÃO. PROFESSOR JAVIER TARAZONA. PRISIONEIRO DE CONSCIÊNCIA.
Organizações de defesa dos direitos humanos de todo o mundo estão cobrando a imediata libertação do Professor Javier Tarazona, diretor da ONG FundaRedes, preso desde o dia 2 de julho de 2021, após acusar o governo venezuelano de acobertar grupos dissidentes das extintas Farc, que atuavam na Colômbia. Dois outros ativistas, presos junto com Tarazona, já saíram da prisão, mas são obrigados a se apresentar à Justiça a cada oito dias.
A prisão dos ativistas aconteceu logo depois de denunciarem ao Ministério Público que estavam sendo seguidos por autoridades do serviço de inteligência da Venezuela. Segundo informações divulgadas pela Fundaredes no Twitter, homens armados e não identificados estavam esperando por Tarazona na porta do hotel em que estava hospedado.
Javier Tarazona, professor universitário, é ativista de direitos humanos e coordena a ONG Fundaredes, uma das organizações mais ativas na documentação de denúncias de abusos relacionadas a grupos armados em zonas de fronteira ao longo de todo o território da Venezuela.
Para o constitucionalista Juan Carlos Apitz, os dirigentes da FundaRedes foram detidos por motivos políticos. Para a Rede Pelicano Brasil de Direitos Humanos, Javier Tarazona é considerado “prisioneiro de consciência”.
Por outro lado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vê com preocupação a intensificação dos ataques e represálias sofridos pelos defensores dos direitos humanos em todo o Continente latino-americano, inclusive, apura denúncia dos Pelicanos sobre perseguição e tortura que seus integrantes sofreram por denunciarem atos ilícitos praticados pela Desembargadora Iolanda Santos Guimarães, do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe. Os temores aumentaram após a prisão de Tarazona.