Maria Thereza, ministra Corregedora Nacional de Justiça, pediu a inclusão em pauta de julgamento virtual do processo n. 0004688-68.2019.2.00.0000, que trata de denuncia da Rede Pelicano Brasil de Direitos Humanos e IBEPAC, sobre a cobrança de teto retroativo de interinos de cartório extrajudicial que deveriam repassar ao Tribunal de Justiça, os valores que excedessem o subsídio do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
No caso específico do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, os interinos não estavam recolhendo o teto em razão de terem conseguido liminares suspendendo a cobrança. Contudo, as liminares foram revogadas e, ainda assim, não cobraram o teto do período de 9 de julho de 2010 a 1 de março de 2016. Os fatos no tribunal com sede em Campo Grande ocorreram na gestão dos desembargadores Carlos Eduardo Contar e Sérgio Fernandes (https://www.notibras.com/site/desmandos-o-rombo-as-culpas-e-os-culpados/).
Já no Conselho Nacional de Justiça, o processo n. 0004688-68.2019.2.00.0000, ficou parado, sem movimentação e impulso oficial por longos meses, o que levou a Rede Pelicano Brasil de Direitos Humanos e o IBEPAC, a impetrar o mandado de segurança n. 37.803 e o Ministro Ricardo Lewandowski e sua Assessoria, devido à gravidade dos fatos, determinou, imediatamente à ministra Maria Thereza prestasse informações independente de oitiva da Advocacia-Geral da União (cópia da petição no seguinte link – https://drive.google.com/drive/folders/1PbSh11gqjnb1CaQx5rbVrcYJ-uqZZFKR?usp=sharing).
Maria Thereza reconheceu o pedido da Rede Pelicano Brasil de Direitos Humanos e IBEPAC, informando ao Ministro Lewandowski que pediu pauta para julgamento do processo:
Por outro lado, segundo a Rede Pelicano e o IBEPAC, Maria Thereza, ao invés de impulsionar o processo segundo as normas, regras e princípios que garantem o direito da parte ao devido processo legal, violou, também, o direito da Rede, ao não intima-la para se manifestar sobre a juntada de novos documentos que confirmam a omissão dos ex-corregedores do TJMS. Além disso, não foram ouvidas no processo todas as partes envolvidas, bem como, abriram um procedimento administrativo na CGJ/MS, sem que intimasse a Rede Pelicano Brasil de Direitos Humanos e o IBEPAC, para acompanhar o depoimento de servidor envolvido em um dos casos denunciados, o que levou, novamente, a Rede Pelicano a protocolizar questão de ordem ao Ministro Luiz Fux para analisar, também, mais essa possível violação ao devido processo legal (cópia da petição de questão de ordem no seguinte link – https://drive.google.com/drive/folders/1PbSh11gqjnb1CaQx5rbVrcYJ-uqZZFKR?usp=sharing).
Segundo a Rede Pelicano e IBEPAC, importante destacar que o novo documento juntado pelo Desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva, atual corregedor do TJMS, e que deveria ser oportunizado o direito de a parte se manifestar sobre o mesmo, foi dito por ele que os seus antecessores, Desembargadores Sérgio Fernandes e Eduardo Contar, não haviam comunicado o sistema de controle externo da atividade meio do Poder Judiciário sobre os supostos danos ocorridos e sobre possível prescrição:
O Desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva foi o único a acionar, parcialmente, o sistema de controle externo do Poder Judiciário e a Rede Pelicano espera e acredita que cabe tanto a Procuradoria-Geral do Estado, quanto ao Ministério Público(Lei n. 7.347/1985, art. 7º) e ao Tribunal de Contas (CF, arts. 71, incisos I, II, VIII), abrirem processos para o fim de ressarcir o erário dos supostos danos causados e apuração de possíveis atos de improbidade administrativa